domingo, 6 de dezembro de 2009

Os espiões

A frase inicial do romance é emblemática. “Formei-me em Letras e na bebida busco esquecer”. Típica do Verissimo.
Em “Os espiões” a leitura flui como uma caipirinha de cachaça preparada no capricho. O livro é envolvente. Li em dois dias. Na minha opinião é a melhor narrativa do Verissimo. Os personagens têm a simplicidade e a excentricidade dos personagens de suas crônicas.
Uma narrativa leve e despretensiosa, mas com o fino humor do autor e que se resolve por completo. Todas as arestas são aparadas como fossem escritas para uma minissérie.
A trama começa com um editor recebendo os originais de um livro para análise. Na maioria das vezes os originais iam para a lata do lixo, mas o envelope vindo de uma pequena cidade do interior o deixa intrigado, principalmente pelo fato de o nome da autora, Ariadne, vir com um coraçãozinho no lugar do ponto no i. O editor fica fascinado pelo texto de Ariadne, só que o fecho trata de um possível suicídio da autora.
Os espiões, uma excelente pedida para essa semana de marmelada na decisão do campeonato... boa leitura.
Aliás, escrito por um colorado.

No twitter: @athosronaldo

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