Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Eu titubeei em comentar sobre Macaquinhos. A
performance sobre a exploração anal.
A minha capacidade de avaliar uma obra de arte não
vai muito além do “bonitinho”, “legal”, “gostei” e “não gostei”. Sobre Macaquinhos
posso dizer que não assistiria ao espetáculo. Estou muito aquém de ser plateia
e a tal representação está muito além das minhas possibilidades de divagação. Um
bando de adultos enfiando o dedo um no cu do outro não está no horizonte
utópico de uma atividade cultural.
Segundo os atores de Macaquinhos a ideia é mostrar
o desequilíbrio social entre as nações do hemisfério sul, representado pelo
ânus, e os emergentes (sic). Diria que é uma análise com muita profundidade. Mas
também poderia ser uma relação entre povo e governo nessas mesmas nações do
hemisfério sul. E adivinha quem entraria com o dedo?
Eu daria um dedo da mão para ver na plateia o
Bolsonaro, Eduardo Cunha e o Feliciano. Aí seria diversão na certa.
Enfim, acho que a questão não deve ser centrada no
ânus e, sim, no dedo. Nessa performance
vemos a utilidade do dedo. E isso o Gaúcho da Fronteira já cantou no século
passado. Quer dizer, na exploração do dedo, Macaquinhos está atrasado em
relação ao cantor gaudério.
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