Até o ano passado os brasileiros adoravam e assistiam, dominicalmente, às corridas de Fórmula 1.
Adoravam a Libertadores e a Copa América. A Copa América, então, era um desafio e tanto. Acirrava as nossas profundas divergências com os argentinos. Inclusive, divergências que a gente nem sabia que tinha.
– Como é bom ganhar da Argentina! – exaltava o narrador.
Bueno, era assim que nos portávamos diante desses torneios. Fanáticos, com fé e ira esportiva. Dava gosto de ver como torcíamos. E retorcíamos.
Esse ano tudo mudou. Como por encanto não gostamos mais da Copa América e a Libertadores passa quase “a lo largo” da nossa televisão.
Agora nós adoramos a Eurocopa. Aquilo, sim, é que é torneio. Só jogão. Outro nível.
Nós, brasileiros, desdenhamos a nossa medíocre Copinha e damos vivas a copa dos nossos colonizadores. Viva a Eurocopa!
Já aproveito a oportunidade e aviso que a Champions League nós também não vamos gostar. É mais ou menos a mesma turma da Eurocopa, mas não é para o nosso bico.
A última vez que assisti a uma corrida de Fórmula 1 foi há 27 anos. A fatídica corrida em que faleceu Ayrton Senna. Faz algum tempinho. Mas hoje resolvi assistir às voltas finais do circuito de Silverstone.
Lewis Hamilton venceu e o Walter, que correu de botas, chegou em terceiro. Se tivesse usado alpargatas teria melhor performance. A propósito: sou zero em avaliar esse esporte. Só curto o ronco dos motores.
Ainda hoje vou assistir aos jogos do Brasileirão. O do Inter, é claro. Esse campeonato, os brasileiros ainda gostam, mas não sei se por muito tempo. O gosto do brasileiro anda muito estranho.
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[Aos desavisados: contém ironia... muita ironia].
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