Athos
Ronaldo Miralha da Cunha
Guiñazu
é o tipo de atleta que por onde jogar deixará saudades. Tem todos os atributos
que enchem os olhos dos torcedores apaixonados: garra, dedicação, vontade,
disciplina e perseverança. E essas qualidades ele tem em excesso.
Não
existe bola perdida, não existe viagem de volta e nem derrota antecipada.
Assim, com essa vontade sobrenatural, o argentino ganhou a simpatia da torcida.
Com a chegada em 2007 até hoje, o Guiña acumulou admiradores colorados por todo
o Brasil. Não é à toa que é o mais aplaudido dentre os atletas quando o locutor
do Beira-Rio anuncia a escalação do Internacional.
Quando
um ídolo se despede sentimos uma profunda melancolia e um vazio quando
mentalizamos os nomes do clube para a próxima temporada. Guiñazu não estará mais
vestindo a camiseta do Inter. E isso nos entristece porque sabemos que Guina é
um craque imprescindível. Mas El Cholo merece ser compreendido e tem toda a
nossa torcida no Libertad do Paraguai. Afinal, um cara como o Guina deve ser
livre para voar, mesmo que o juiz marque falta e mostre o cartão.
Para
jogadores que não honram a camisa que vestem, desprezam seu próprio passado na
equipe, a torcida é implacável. O ídolo
é deposto e execrado pela paixão. Um clássico exemplo é um certo Ronaldinho...
Com
Guina ocorreu o contrário. El Cholo sai aclamado como um dos maiores e mais
queridos jogadores da história colorada. Quantas vezes nos reportamos a “garra
farrapa” para explicar o carrinho na contramão do Guina?
A
torcida compreendeu que o ciclo do Guina encerrou no Inter. E isso mostra o
amadurecimento dos torcedores e respeito pelo atleta.
Infelizmente
não teremos esse castelhano jogando em 2013, mas teremos o exemplo de jogador a
ser seguido por outras gerações de craques. Foram 282 jogos com a camisa do
Internacional – o time mais castelhano do Brasil – e foram 282 batalhas de El
Cholo.
Grande
Guina!
Nenhum comentário:
Postar um comentário