Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Eu estava pensando em começar a crônica com
a palavra Dilma. Na atual conjuntura, Dilma em início de texto chama atenção e
atrai o leitor, pois este deseja ler opiniões sobre o governo, seu desempenho e
suas articulações políticas. Mas, para falar em transações com o diabo, colocar
Dilma no contexto não seria uma boa introdução e, digamos, um bom negócio.
Por que alguém venderia a alma ao diabo?
Quem deseja ardentemente algo que foge
ao seu alcance ou está muito distante, além de suas reais possibilidades, a solução
derradeira é negociar com o demônio. É mais fácil. Um atalho para o sucesso.
O indivíduo não tem êxito nos negócios,
está arrasado com a vida amorosa e perde muita grana nos jogos. O cara está na
rua da amargura. Qual a salvação? Vender a alma ao diabo. São infinitas as situações,
mas são basicamente dinheiro fácil e luxúria de luxo.
Na maioria das vezes é um péssimo negócio,
aliás, ninguém voltou, imagino eu, para um feedback dessa transação. Os juros
desse negócio são escorchantes, praticamente o juro de um cartão de crédito. A conta
vem e o belzebu não negocia prazos.
Negociar com o diabo é para poucos. Muitas
vezes o contrato é assinado com sangue. E tem aqueles casos de “Índio que não se
garante / vendo sangue se apavora / e se manda campo fora / levando tudo por
diante. [JCB].
É difícil de entender e aceitar as razões
de um negócio desse tipo. Mas como explicar mais didaticamente? Se fosse possível
desenhar, eu desenharia. Eu não venderia, nem sob tortura.
Então, achei uma solução plausível para
explicar e entender um acordo com o diabo.
Dilma! [bingo].
Como eu imaginei iniciar, termino a crônica
comentando sobre o governo Dilma.
Porque vender a alma ao diabo e fazer um
acordo com o PMDB é quase a mesma coisa. Se não for pior. Pelo menos com o diabo
a gente sabe com quem está tratando, já no PMDB tem alguns que posam de
santinhos.
Caso precise desenhar eu convoco os
amigos cartunistas do Face.
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