Athos
Ronaldo Miralha da Cunha
O dia
15.02.2014 ficará guardado na história da torcida colorada e, principalmente,
nos corações dos dez mil torcedores que tiveram a oportunidade de serem
testemunhas dessa memorável tarde.
Era,
apenas, um jogo contra o Caxias pelo campeonato gaúcho, mas para os apaixonados torcedores
era a volta do Beira-Rio como palco de inesquecíveis façanhas. O retorno do templo do futebol que abrirá as portas para a Copa do Mundo no Rio Grande do Sul. Um dos cinco estádios mais lindos do mundo. Na fila para
entrar era possível sentir a ansiedade e um "friozinho na barriga" por conta do
reencontro. Uma garota a alguns metros a frente não conteve a emoção
e lacrimejou diante do Gigantinho. A fila se formava e todos aguardavam pacientemente
a hora de rever o Gigante Para Sempre. O monumento estava a poucos passos, um monumento
grandioso de engenharia, arquitetura e paixão dos colorados. O Beira-Rio por si
só já é um show e nem precisa de jogo. Ao subir as escadarias que levam às cadeiras do anel
inferior nos deparamos com algo majestoso... sublime... incomparável...
Era impossível
imaginar e é impossível descrever com palavras. Num primeiro momento desejamos
ver tudo de uma só vez porque o deslumbramento é muito grande e, depois, vamos
olhando com mais calma os detalhes e vamos nos acostumando com o templo a ser
descoberto. Assim, ficamos boquiabertos, babando em cada pormenor do estádio. Sorrimos
em silêncio e não sabemos o que fotografar primeiro. Sentimo-nos como crianças pela
primeira vez num parque de diversões ou como um guri que tirou das águas o seu
primeiro lambari. Lá pras bandas do Guaíba o sol ilumina dez mil iluminados. O jogo
foi quatro a zero e coube ao Fabricio entrar para a história do Internacional como
autor do primeiro gol do novo Beira-Rio. Mas devo confessar que, naquela tarde de
sol, o que menos importava era o resultado do jogo, pois estávamos ali para
saudar a sua volta. Deslumbrados. Extasiados. O Beira-Rio voltou! O Beira-Rio voltou! O Beira-Rio voltou!
Esse era o grito de guerra da galera.
E eu
fui, apenas, mais um naquele dia. E pretendo voltar o quanto antes ao Gigante Para Sempre, porque ainda não terminei de ver. A ficha ainda não caiu.
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