Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Olívio ainda mora no mesmo apartamento há 40 anos e
usa o transporte público. Bastaria essa frase para definir e enquadrar o
político que não se deslumbrou com os cargos. E não se locupletou com a
política.
Olívio não se dobrou ao pragmatismo e continua com
uma visão progressista de uma esquerda moderna. No programa abordou sobre o
pluripartidarismo, cidadania, coletividade, liberdade de imprensa e um respeito
a coisa pública... ao dinheiro público. Quando perguntado sobre o orçamento participativo
se emocionou. Claro, uma bandeira deixada no esquecimento pelo partido e já faz
alguns anos.
A conduta de Olívio é pautada pela ética em sua
trajetória. Possivelmente seja esse o seu maior patrimônio. Pode-se discordar
de suas posições políticas, mas não acusá-lo de incoerente.
Ao término da entrevista fica a sensação que nós,
gaúchos, falhamos na última eleição para o senado. Penso que o ex-governador faria
um debate de mais conteúdo e qualificado sobre ética, ideologia e democracia no
Congresso. Mas seria uma voz dissonante no senado.
Sobre a entrevista: assino embaixo sem mudar uma
vírgula sequer. Uma assinatura autenticada em cartório.
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