Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Pela manhã – cedito no más, junto ao amargo chimarrão
– assistia ao vivo em cores as ações da Polícia Federal. Entre um mate e outro
eu me lembrei de Pepe Mujica – ex-presidente do Uruguai – que hoje mora numa
fazenda junto com sua esposa.
O Brasil em polvorosa por conta de condução coercitiva
em que Lula foi “convidado” a depor e eu pensando no Mujica? Pode isso Arnaldo?
O José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro, marxista tem
a simpatia de milhares de pessoas por esse mundo afora por ser uma pessoa
simples e humilde. Governou seu país e pouco acumulou com a política. Eu também
sou um admirador incondicional de Mujica. Se eu fosse doble chapa teria votado nele.
Em seu mandato apoiou a legalização da maconha e o
Uruguai tornou-se o primeiro país a regular a produção, a venda e o consumo. Também,
durante o seu governo, legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Reduziu
os índices de pobreza do Uruguai, de 37% para 11%. Pepe Mujica é um pacifista,
se opõe radicalmente contra à guerra. Ele tem umas ideias estranhas...
Assim, lembrando de Pepe Mujica, eu imaginei que se
os políticos brasileiros tivessem atitudes semelhantes, não precisariam
convocar a militância para sair às rua para radicalizar contra as ações da Polícia
Federal e do ministério público. Não precisariam, em todo momento, ter que
explicar contas no exterior e origem de seus recursos e bens.
Se não houvesse tanta corrupção, desmando, desvios
e indícios em todas as esferas da república na haveria condução coercitiva. Não
haveria Lava-Jato. Aliás, para deixar bem claro, eu sou um apoiador das ações da
Lava-Jato.
Mas, ainda assim, eu acho que a república está
segura e as instituições democráticas garantidas. Eu acredito na democracia
brasileira.
Ah! Pepe Mujica tem uma cadela com três patas –
Manuela – deficiência provocada por um acidente em que o ex-presidente a
atropelou com um trator.
Um malvado esse Mujica!
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