O deputado
carioca Jair Bolsonaro é uma pessoa polêmica. Ele consegue ser odiado e amado
por muitos, creio – palpite meu – mais odiado que amado, mas traz na bagagem
uma das maiores votações do Brasil. As opiniões de um cidadão de direita são
respeitadas. Divergimos e respeitamos. Não é crime ser conservador, ter um
pensamento tradicional. O problema é quando as posições contrárias tornam-se
agressivas e descambam para a grosseria e agressões físicas e verbais. O problema
é quando falta o respeito e, ainda mais grave, nas dependências do Congresso
entre pessoas que deveriam primar pela educação e pela democracia.
O episódio mais
recente envolvendo o deputado foi a frase direcionada a Maria do Rosario: não
estupro você porque você não merece. [mais verba para a educação... ou para os manicômios!]
Há algum tempo o
senhor Paulo Maluf – procurado pela Interpol – também usou de seu brilhantismo
intelectual e proferiu o famigerado “Estupra, mas não mata!” Um acinte, uma excrecência
e a ira dos militantes dos direitos humanos como consequência.
Mas, como vimos,
o recorde de Maluf foi superado por Bolsonaro. É a tal história, nada está tão
ruim que não possa piorar. Como se não bastasse o “Não estupro você porque você
não merece.”, o deputado extrapola sua “meiguice” e vai além: não estupro você
porque você é muito feia. [Nesse momento lembro que, certa vez, um graduado
político falou que tinha 300 picaretas no Congresso].
As posições de
JB são conhecidas Brasil afora. Tudo que for relacionado à tradição, à família
e à propriedade tem um ferrenho defensor. Algo um pouquinho fora dos padrões
estabelecidos pelo status quo vira um
pandemônio. Bolsonaro vê a sociedade como um regimento. É um guardião da ordem
e dos bons costumes. E não interessa se a ordem e os bons costumes precisam ser
revistos ou modificados. O deputado é inflexível em suas posições. Estático em
seu pensamento. Irredutível nas atitudes. Nenhuma força externa consegue mudar
sua rígida opinião, assim, o JB consegue contrariar a primeira Lei de Newton.
[rsrs].
O novembro azul
foi uma campanha de conscientização dos homens com relação ao câncer de próstata.
E que, apenas, uma consulta ao médico é capaz de prevenir a doença. E o mais
incrível é que a maioria dos homens carrega esse preconceito de consultar um
proctologista, pois o toque retal faz parte da consulta. Não adianta arrumarmos
desculpas, sejam elas quais forem, apenas, o toque é o diagnóstico confiável.
Eu fico
imaginando quem seria o proctologista do Bolsonaro. Ou será que ele não merece
uma consulta ao proctologista? Nada que um Johnnie Walker Blue Label não resolva.
– Vai um
uisquinho aí, deputado?