sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Corações de arame


Fazendo uma descomprometida e despretensiosa visita no site da Editora Movimento, deparei-me com o romance “Corações de arame” de Colmar Duarte.
Admirador da poesia do autor de Reflexão – música vencedora da primeira Califórnia da Canção – não tive dúvidas, cliquei em comprar e fiquei no aguardo do carteiro. Ansioso para conhecer a prosa do mestre Colmar Duarte.
Passados alguns dias recebo uma correspondência de Uruguaiana. Achei meio estranho. O remetente: Colmar Duarte.
Afoito, abro o invólucro e encontro no seu interior o livro “Corações de arame” devidamente autografado pelo autor com uma carinhosa dedicatória.
Uma bela e agradável surpresa. Um inesperado presente de Natal. Naquele mesmo instante comecei a leitura. O romance inicia com o suicídio de um capataz. E se transforma em um passeio indescritível pela cultura campeira. As idas e vindas do homem do campo. A nossa pátria “gaucha” sem fronteiras. Dos patrões das estâncias curtidos na pampa e dos filhos dos patrões das estâncias curtidos nos grandes centros. A lida das mulheres e homens campeiros, peões e prendas que durante anos a fio construíram nossa cultura. Trata dos traumas dos homens e mulheres simples desse sul do Brasil. A solidão, do amor, desencontros. A rádio local, o trem de passageiros... o pachorrento rodar do tempo na singeleza de um coração de arame.
Uma formidável leitura.

Corações de arame.
Colmar Duarte
Editora Movimento – 2008.

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