sábado, 5 de janeiro de 2013

Pablo Horacio Guiñazu - El Cholo



Athos Ronaldo Miralha da Cunha

Guiñazu é o tipo de atleta que por onde jogar deixará saudades. Tem todos os atributos que enchem os olhos dos torcedores apaixonados: garra, dedicação, vontade, disciplina e perseverança. E essas qualidades ele tem em excesso.
Não existe bola perdida, não existe viagem de volta e nem derrota antecipada. Assim, com essa vontade sobrenatural, o argentino ganhou a simpatia da torcida. Com a chegada em 2007 até hoje, o Guiña acumulou admiradores colorados por todo o Brasil. Não é à toa que é o mais aplaudido dentre os atletas quando o locutor do Beira-Rio anuncia a escalação do Internacional.
Quando um ídolo se despede sentimos uma profunda melancolia e um vazio quando mentalizamos os nomes do clube para a próxima temporada. Guiñazu não estará mais vestindo a camiseta do Inter. E isso nos entristece porque sabemos que Guina é um craque imprescindível. Mas El Cholo merece ser compreendido e tem toda a nossa torcida no Libertad do Paraguai. Afinal, um cara como o Guina deve ser livre para voar, mesmo que o juiz marque falta e mostre o cartão.
Para jogadores que não honram a camisa que vestem, desprezam seu próprio passado na equipe, a torcida é implacável.  O ídolo é deposto e execrado pela paixão. Um clássico exemplo é um certo Ronaldinho...
Com Guina ocorreu o contrário. El Cholo sai aclamado como um dos maiores e mais queridos jogadores da história colorada. Quantas vezes nos reportamos a “garra farrapa” para explicar o carrinho na contramão do Guina?
A torcida compreendeu que o ciclo do Guina encerrou no Inter. E isso mostra o amadurecimento dos torcedores e respeito pelo atleta.
Infelizmente não teremos esse castelhano jogando em 2013, mas teremos o exemplo de jogador a ser seguido por outras gerações de craques. Foram 282 jogos com a camisa do Internacional – o time mais castelhano do Brasil – e foram 282 batalhas de El Cholo.
Grande Guina!

Nenhum comentário: