sábado, 22 de outubro de 2011

Raposa Felpuda e o Tubarão de Charuto

Athos Ronaldo Miralha da Cunha
twitter.com/athosronaldo

No twitter o Jose de Abreu colocou a seguinte frase “2 meses atrás raposa felpuda do PT conversou com o ítalo-argentino Civita, dono da Veja. Ouviu dele: não tem arrego, vou derrubar a Dilma!”.
Eu fico alarmado quando um tubarão de charuto da nossa imprensa conservadora afirma que quer derrubar um governo. É alarmante porque esse indivíduo se coloca acima dos poderes constituídos, acima do bem e do mal. Que poder esse pseudoargentino, ou pseudoitaliano, tem para afirmar convicto “vou derrubar a Dilma”? Que carta ele tem na manga? Ou melhor, quem ele pensa que é?
Ah! É um governo corrupto? Como dizia meu pai “mata a cobra e mostra o pau” ou a cobra morta.
Construímos a democracia permanentemente, bem como, também diuturnamente construímos os partidos. Mas parece que algumas pessoas – muitas delas influentes – ainda não se acostumaram com a ordem democrática. Se um graúdo afirma “não tem arrego, vou derrubar a Dilma” ele deveria ser interpelado judicialmente para explicar melhor esse intuito. Ele só pode derrubar a Dilma se candidatando a presidente e ganhar no voto. É assim que eu imagino. Mas acho que o cidadão em questão precisa de aulas de democracia, ou, num programa da televisão, calçar as sandálias da humildade.
Nesse vai e vem da imprensa e da política, sempre aparece um bicho para ilustrar o nosso imaginário. Em 89 o velho Brizola resolveu engolir um “Sapo barbudo” e transferiu os votos do PDT para o Lula naquele segundo turno. E na política os bichos sempre estiveram em evidencia: Delfim, tucano, ratazana, lula, falcão, pomba, peixe e um zoológico inteiro.
E agora em pleno fogo cruzado de informações surge uma raposa felpuda do PT para contatar com esse tubarão, com esse peixe grande da grande imprensa. E isso também nos deixa estupidificado.
A Dilma conquistou o cargo de presidente no voto – respeitando os trâmites legais – e não vai ser um deslumbrado com arroubos de ditador que vai depô-la. Afinal de contas o poder emana do polvo, opa, do povo.
Nesses tempos de jornalismo investigativo e reportagens especulativas a corda sempre rebenta no bicho mais fraco. E, no final do imbróglio, quando a porca troce o rabo ou a vaca vai para o brejo a contrapartida vem do pato. E nesse caso o pato somos nós, os peixes pequenos.

2 comentários:

Rejo Friedrich disse...

Pelos menos agora com 9% de aumento já podemos pagar o pato. eh! eh! eh!
Att,
Rejo

Rejo Friedrich disse...
Este comentário foi removido pelo autor.