
Athos
Ronaldo Miralha da Cunha
Todos
sabemos a história de Adolf Hitler, o que fez e o terror que praticou. O livro
de Fernando Jorge “Hitler – Retrato de uma tirania” nos revela o que já sabíamos
sobre o nazista e o nazismo, mas com requintes de crueldade.
Alguns
aspectos tratados no livro merecem uma análise mais aprofundada ou debatida. Para
termos ciência do que seja a falta de democracia e liberdade. E o que a mente
de um tirano é capaz de fazer.
O
jovem Adolfinho era um rapaz extremamente tímido, incapaz de iniciar uma
conversa com uma moça. Foi apaixonado por Estefânia e jamais tomou a iniciativa
de abordá-la. Dizem os especialistas que essa maneira introvertida é uma das
causas de suas crises de megalomania.
Hitler tinha hábitos ascéticos. Alimentava-se
de pão, frutas e leite. Não ingeria bebidas de álcool. Quem não queria um rapaz
assim para genro? Ah! Era metido a pintor. Um péssimo pintor, diga-se.
Segundos relatos, Hitler era impotente,
mas sentia orgasmos quando falava para um grande auditório, como confessou em
certa ocasião. Hitler achava que tinha poucos inimigos, apenas, os judeus e os
bolchevistas.
Em 1933,
na noite de 10 de maio, os nazistas fizeram uma fogueira com livros dos
escritores considerados nocivos ao regime e dançaram um volta do fogaréu como
selvagens. E essa parte do livro é impactante para as pessoas que têm o hábito
da leitura. Para os educadores que dedicam uma vida a folhear os livros e
ensinar. Essa queima merece ser lembrada o como assassinato em massa da cultura
e do saber.
Cada página que se avança na leitura
renova-se um elogio à barbárie, à insensatez. São várias e inacreditáveis as descrições
de loucura e fanatismo.
“Quanto às crianças, estas eram arrancadas
às mães. Os soldados nazistas gostavam de jogar estes seres inocentes do alto
dos caminhões, para que suas cabecinhas fossem esfaceladas. Também lançavam as crianças
no ar, pois assim poderiam espetá-las com as pontas das baionetas. Muitas foram
colocadas vivas nos fornos crematórios.” página 222. É mole ou que mais...
Por fim, nas últimas três páginas do livro,
o autor nos revela um dado pouco divulgado acerca do machão da Alemanha. Havia uma
semelhança entre Hitler e Franco. Em outubro de 1916
uma bala feriu o soldado Adolf Hitler, causando a perda de um dos testículos. Aí
está a grande coincidência, nesse mesmo ano Francisco Franco também levou um
tiro no abdômen e perdeu um dos testículos.
Chico e Adolfinho,
dois ditadores “descolhonados” [neologismo do autor] que extravasaram a sua “descolhonice”
[neologismo meu] com a tirania.
Só em saber
que o Führer não tinha uma bola, esbocei um leve sorriso ao final do livro.
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