terça-feira, 3 de novembro de 2020

O candidato centroavante

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

Eu me considero um “horariopoliticófilo” ou “horáriopoliticomaníaco”. Assisto a todos os programas e algumas vezes, inclusive, as repetições. Transito entre as propagandas de Santa Maria e Porto Alegre. Sou do tempo em que os barbudos e carrancudos eram de esquerda e os caras limpa e sorridentes eram de direita. Mas essa assertiva não vale mais. Está tudo mudado.

Em algumas situações eu vejo dramas e em outras, programas humorísticos. Dramalhões também circulam naqueles obrigatórios dez minutos. Mas tudo suportável para quem assiste mateando.

Em Santa Maria tem um candidato a prefeito que, por duas ou três vezes, se arvorou como bom de bola.

Então, tá.

Na primeira vez imaginei o craque fazendo um golaço de canhota... melhor, de direita. Um chutaço lá da extrema direita.

Em outra oportunidade disse que era centroavante. E que fazia muitos gols e pediu a confirmação de quem o viu jogar.

Sei...

Só que tem um detalhe nisso tudo. Eu joguei de “beque central” no Maneco e no Riograndense. E não lembro de nenhum centroavante fora de série lá na minha juventude. Aliás, devo dizer que nenhum centroavante passou por mim, tanto nos jogos do Maneco como nos Eucaliptos.

Certa feita apareceu um tal de Tadeu, que jogava no colégio Santa Maria, mas não deu nem para o gasto. Não viu a bola durante o jogo. Entrou em campo de salto alto e saiu de chinelo de dedos.

Naqueles tempos eu era uma espécie de “Figueroazinho” lá do Periquito. Certa feita o treinador me chamou de Nenazinho... Alguém aí já ouviu falar em Parada 18? Pesquisa no Google.

Quem me viu jogar, por gentileza, pode confirma aí.

E prometo não me candidatar a prefeito.

A propósito.

Está valendo a máxima de que depois de velho todo mundo vira craque.

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