sábado, 18 de fevereiro de 2012

O "mea culpa" é da esquerda ou só do PT


Athos Ronaldo Miralha da Cunha

O livro “A privataria tucana” demonstra nas suas 343 páginas como foram as privatizações nos tempos do governo FHC. A nossa indignação aumenta a cada página vencida... esgota-se bem antes do primeiro terço do livro. No final já estamos dando murros na mesa.
Evidentemente que essa “entrega” do patrimônio público foi alvo de fervorosos e implacáveis discursos capitaneados pelo PT. Privatização virou sinônimo do neoliberalismo brasileiro sob a égide do PSDB & Cia. Em um debate na RBS na eleição para governador, perguntado sobre a venda do Banrisul, Olívio Dutra respondeu “Não venderemos um prego sequer do patrimônio dos gaúchos”. E, como sabemos, não vendeu. Assim, ficaram bem demarcados os campos ideológicos de quem privatiza e de quem não vende patrimônio. No discurso da esquerda e do PT foi incorporada uma verdadeira ojeriza a palavra privatização, principalmente os setores estratégicos da economia. Particularmente, toda vez que vejo FHC eu lembro da Vale e de quanto ela valia.
Privatização virou uma fórmula matemática. Privatização = PSDB = FHC = Serra. A fórmula do neoliberalismo brasileiro. Sem raiz quadrada, mas com o máximo divisor comum e com quebra de caixa. Assimilamos que o PT não vende empresa pública. E isso é – ou era – um orgulho para os petistas. Era o jeito petista de governar.
Pode-se discutir o significado das palavras privatização e concessão. Podemos debater modelos, estratégias na privatização – tudo bem, concessão –, mas, em tese, a síntese é que houve uma entrega de empresas públicas à iniciativa privada. O bem público deixa de ser gerido pelo Estado.
A Rede Globo – tão combatida por ser uma das principais filiadas ao PIG – é uma concessão e continuará sendo de pai para filho “ad aeternum”. Lembro que na eleição de 89 o então candidato a presidente Leonel Brizola falou que sua primeira atitude como presidente da República seria cassar a concessão da Rede Globo. E o velho Briza conhecia o chão que estava pisando. Mas numa campanha a gente tem que dar um desconto. O fato é que nunca mais, na história desse país, se tocou no assunto. Não de foram tão acintosa como fez o velho caudilho dos pampas.
Tudo é defensável e os argumentos podem ser elaborados até com uma certa erudição, podemos debater as nem tão profundas diferenças entre privatização e concessão, mas um dado é concreto: houve um negócio com o patrimônio público. O Estado concede à iniciativa privada. Vende.
E aí, meus caros, há uma importante quebra de paradigmas. Um revés nos discursos, uma antiprática. Aqui cabe uma indagação: o PT será maduro suficiente para fazer um mea culpa? Uma autocrítica?
Como diz o ditado popular “se passa um boi, passa uma boiada”. Assim, os trabalhadores das empresas estatais devem ficar atentos. Logo estaremos discutindo e tentando explicar para a sociedade as concessões nos Portos, na Petrobras, Caixa e Banco do Brasil. Esse é o momento crucial para o movimento sindical retomar sua prática reivindicatória e protagonista, se quiser ainda de se chamar movimento sindical. É um importante debate para levar para as categorias e para a sociedade. No entanto, o movimento sindical pode fazer que não vê, que não é importante – não está na pauta –, mas “eles” entraram no nosso quintal...
Pela ótica de que o estado abre mão de administrar, tenho claro que a aparência do bicho é a mesma. Privatização ou concessão. O termo concessão fica travestido de uma indumentária casual, mas na essência o animal é o mesmo e a impressão que eu tenho é de um tucano olhando para uma estrela.
Caso a esquerda e o PT não revejam seus conceitos teremos que dar crédito ao FHC: a privatização não é ideológica.
E vamos sair vendendo a rodo.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Já começaram os Cunha a se exibir

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

Ramiz Galvão é um pacato lugarejo que teve seu auge nos meados do século passado, nos tempos em que a Maria-Fumaça fumegava nos trilhos do Rio Grande. Localizado logo após Rio Pardo no trajeto Santa Maria-Porto Alegre.
Havia em Ramiz Galvão o Depósito da Viação e o Socorro. O povoado era um pólo ferroviário e parada obrigatório de Getulio Vargas quando em campanha política. Tinha um cinema, associações, clubes de futebol e a Cooperativa da Viação. O Couto Futebol Clube – que os ferrinhos chamavam de Coito – era formado pelo primeiro e o segundo quadro. O seu Anísio Cunha jogava de lateral direito no primeiro e de goleiro no segundo. Fominha por futebol, assim como toda a família Cunha que morava na Costa.
Nos bailes da Associação dos Ferroviários – os Cunha, folgados pés-de-valsa – eram os que abriam a noitada fandangueira nos volteios dos chamamés e rancheiras. Claro, o seu Anísio era um dos Cunha que estava dançando o xote figurado. Dançarino fominha como toda a família Cunha que morava na Costa. Então, era comum ouvir os comentários da turma que ficava em volta do salão, receosos de serem os primeiros. – Já começaram os Cunha a se exibir!
Como sou da linhagem Cunha de Ramiz Galvão, oriunda do Piquiri, resolvi fazer umas aulas de dança no DTG Noel Guarani da UFSM, pois não herdei o gingado e os trejeitos dos Cunha para bailar. E não queria macular a memória dos Cunha nos bailes. Um semestre inteiro com aulas dos ritmos guascas. Milongas, chamamés, valsas, rancheiras, bugio e vaneras nos sábados à tarde na universidade num galpão do Parque de Exposições. Me adaptei à milonga com uma certa facilidade. Chamamé, eu deixo para os castelhanos.
O primeiro baile que “enfrentamos” após o final do semestre de danças foi um desastre. A impressão era de havíamos esquecido tudo. Conclusão: rematrícula no curso por mais um semestre.
Novamente, o primeiro baile que “enfrentamos” após o final do segundo semestre de danças foi um completo segundo desastre. A impressão era de não havíamos aprendido nada. Estávamos bloqueados. Conclusão: me exibir nas aberturas dos bailes, infelizmente, nem pensar. Ainda não tenho formação suficiente para tal. Não tenho o gene da dança dos Cunha.
Nos bailes que virão, estarei nas mesas vendo os outros pares abrirem os festejos. E serei um dos que fará coro se, por ventura, os parentes entrarem cheios de volteios no meio do salão.
– Já começaram os Cunha a se exibir!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres da Ucrânia

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

Após o término dos fóruns mundiais – o temático e o econômico –, em Porto Alegre e Davos, a conclusão que chegamos é que não temos conclusão nenhuma.
O fórum social que se contrapõem a Davos não conseguiu a plenitude na elaboração de uma agenda de esquerda para a humanidade. A esquerda nesse início de milênio ainda traz as consequências e cacoetes da queda do muro de Berlim. Faltam propostas que contemplem o meio ambiente, a democracia e Direitos Humanos numa sociedade socialista. Visto que as hoje existentes passam a lo largo do que entendemos por democracia, são reflexos da Guerra-fria e estão estagnadas numa esquerda obsoleta. Cuba é um exemplo de que falta muito a avançar para atingir nossos anseios diante de um copo de cuba libre.
Em Davos acontece algo semelhante, mas em sentido contrário. A crise do capitalismo se agrava pelo mundo afora. E não há um indicativo de resolução dessa crise via capital e muito menos pela via socialista.
Dentro de um quadro complexo de crise político, econômica e ideológica pipocam manifestações nos mais diversos cantos do planeta. A Grécia já anuncia demissões do funcionalismo público. No Egito um jogo de futebol termina com mais de 70 mortos. Na Espanha cidadãos mendigam um emprego. E no Brasil, a greve dos policiais da Bahia é tema recorrente nos noticiários por conta da violência extremada de alguns manifestantes.
No entanto, o que mais me chamou atenção foi a manifestação do grupo de mulheres da Ucrânia em Davos na Suíça. O grupo feminista ucraniano “Femen” fizeram protestos seminuas diante da sede do Fórum Econômico Mundial.
As mulheres da Ucrânia culpam o fórum de Davos pela crise econômica na Europa. Nos corpos elas pintam frases “Pobres por causa de vocês”. A marca do grupo feminista é a nudez. E não deixa de ser um protesto inteligente e pacífico. Acho que as mulheres da Ucrânia poderiam dar uma ajudinha ao CPERS nas manifestações pelo piso. Penso que seria uma bela manifestação. Teriam, desde já, meu total apoio.
As mulheres do grupo Femen não necessitam fazer uma escala na Bahia e, muito menos, os policiais em greve seguirem o exemplo de manifestações feministas ucranianas, afinal, um bando de marmanjos desnudos em Salvador não seria nada agradável e convincente.
Enfim, sindicalistas, mirem-se no exemplo daquelas mulheres da Ucrânia. Até podemos colocar o cd do Chico cantando “Mulheres de Atenas” para embalar as manifestações.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Por um cemitério no Beira-Rio

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

O mais rico e maior time do mundo o Futebol Clube Barcelona pretende construir um “espaço memorial” no seu estádio. Espaço memorial é uma expressão politicamente correta, mais light e menos lúgubre para cemitério.
Uma proposta muito interessante, pois os apaixonados pelo esporte bretão consideram os estádios como templos do futebol. E nada mais coerente com a crença nessa “religião” que a morada eterna seja nesse templo.
O clube acatou a sugestão da torcida e, assim, torcedores, ex-funcionários, jogadores ou alguém com muita grana – após terem feito a “passagem” – poderá, de certa forma, acompanhar a equipe pelo resto dos dias. Um campo santo próximo ao campo de jogos.
Quem sabe, numa outra dimensão, os torcedores não consigam influenciar nos resultados do time do coração. Um dado é certo, descanso eterno em dias de decisão: nem pensar.
Acredito que esse espaço memorial será copiado por outras equipes mundo afora. O Beira-Rio já possui a Capela Nossa Senhora das Vitórias. Nesse local os torcedores fazem as orações pedindo e agradecendo graças alcançadas e, quem sabe, num futuro próximo, orações para seus entes queridos colorados num campo santo vermelho.
Alguns times, bem conhecidos, e outros autoproclamados imortais, deverão fazer o cemitério numa praia. Pois não é lá que eles morrem?
Um espaço memorial é uma grande ideia a ser levada a diante pelos dirigentes futebolísticos. Além de invocar a memória das pessoas queridas e jogadores que brilharam e são nacos de saudades de velhos torcedores, poderá ser uma fonte de renda. Sabe-se lá se por conta de um “camarote” desses não sustentaríamos o D’Alessandro no Beira-Rio? Ou colocarmos o Messi assessorando o Damião? Eu não tenho dúvidas em qual campo santo escolheria o Falcão. Minha dúvida recairia sobre o R10. Ele escolheria o “espaço memorial” do Barcelona ou do Flamengo?
O Coloradinho de Santa Maria não precisaria fazer um investimento dessa envergadura. Basta um convênio com o Cemitério Ecumênico Municipal e declarar a Baixada Melancólica ponto de visitação nos dias de finados.
Como não sei se vou ter grana para comprar um apartamento desses no Gigante da Beira-Rio, me contento com o futuro espaço memorial do Gandense na companhia de saudosos ferrinhos.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O matador dos pampas

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

O mais novo caudilho dos pampas viveu lá pelas bandas de São Gabriel, na fazenda dos Bicca, há mais de 260 milhões de anos.
Acharam o crânio do animal com características de um carnívoro e consideraram parente próximo dos leões. O predador foi batizado de “Pampaphoneus Biccai” justamente o “Matador dos Pampas”. Recebeu também o sobrenome para homenagear o patrão do rincão onde o bicho se aquerenciou, José Bicca.
Nossa história está recheada de heróis, valentões e matadores. Todos sabemos – e reverenciamos –, os nossos heróis na semana farroupilha, Zeca Neto e Honório Lemos (Leão do Caverá) são exemplos de valentões que estavam sempre prontos para peleia. Mas nos embates pampeanos havia o degolador esse, sim, matador profissional. E os maiores e mais terríveis degoladores dos pampas foram Adão Latorre e Xerengue na campanha de 1893.
Ultimamente a expressão “matador” é menos fatal, pois aqui nos pampas temos um centroavante que é matador. Damião, embora não seja gaúcho tornou-se um matador dos pampas. Alguns dizem que ele é cruel. Mas faz a festa da galera.
Diante do Pampaphoneus nossos matadores, nas escaramuças entre Chimangos e Maragatos, viram brinquedinhos de criança. O predador pré-histórico teria mais de 3 metros de comprimento e pesava cerca de 300 quilos.
A sorte de Chimangos e Maragatos é que esse aragano viveu num passado distante, pois caso contrário, o derramamento de sangue nas revoluções seria bem maior.
Aliás, o que os pesquisadores não conseguiram dizer é se esse matador é chimango ou maragato. Já pensou esse Leão de São Gabriel lado a lado com o Leão do Caverá? Não seria preciso gastar pólvora em chimango. E o Assis Brasil seria eternamente grato. No entanto, se o Pampaphoneus fosse chimango o Borges estaria até hoje governando o estado.
Pode ser matador, é dos pampas e tem sobrenome Bicca, mas vai ter que ter lado. Na pior das hipóteses deverá escolher entre o Gandense de Santa Maria e a São Gabriel Futebol Clube.
Em Rosário do Sul a peonada anda meio desconfiada com esse Pampaphoneus – isso lá é nome de matador? –, até pode ser um Leão de São Gabriel. Mas está para nascer um outro Leão do Caverá. Esse, sim, o verdadeiro matador dos pampas, no bom sentido e depois do Damião, claro.


sábado, 14 de janeiro de 2012

A desratização do Senado

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

Uma servidora foi mordida por um rato nas dependências do Senado Federal. A guria ficou em observação e a Secretaria da Mesa e Secretaria Geral do Congresso foram submetidas a uma desratização e dedetização.
Será que o senado está infestado de ratos? A gente até desconfiava que existia uma praga por lá, mas imaginava que eles agiam por debaixo dos panos. Discretamente. Até que a Veja suspeitasse de algo e botasse uma ratoeira na capa. Os relatos são vários, inclusive, que há roedores em outros locais do Senado. Houve reclamações que servidores haviam comentado sobre o aparecimento de abelhas, uma espécie de gambá e escorpiões. Fico imaginando um lobby feito por um escorpião. Certamente, um gambá não teria credibilidade para fazer lobby.
Os diretores da casa agiram corretamente, pois é uma questão de saúde pública. A casa do povo do Brasil não pode estar infestada de bichos nocivos a saúde... a educação... a segurança.
Servidores mais antigos contam que os bichos que frequentam a casa do Senado Federal vão muito além de ratinhos, gambás e escorpiões. Existe, pelo menos, uma raposa velha que está no senado há mais de seis décadas. Essa raposa é intocável. E na maioria das vezes foi justamente ela que cuidou do galinheiro. Sim, existe um galinheiro no senado. Um passarinho contou para um servidor que no Congresso há um revezamento de traíras a cada quatro anos. As traíras têm a capacidade de sobreviver e se renovar. No entanto, essas traíras agem como cordeirinhos e formam um bloco entre os peixes pequenos e os tubarões. Os tubarões não comem os peixes pequenos e os cordeirinhos, porque precisam deles para sobreviver. E quando algum desses bichos resolve cantar de galo, aparece um tucano ou um molusco para fechar o bico do petulante. Alguém comentou sobre patos? Os patos não conseguem entrar no senado, estão sempre do lado de fora. Aliás, são eles que sustentam o zoológico.
O senado tem uma gama de bichos que causam muito mal aos servidores e, por tabela, aos brasileiros. Mas a desratização já é um bom começo. Já pensou se o Mahmoud Ahmadinejad está em visita à casa do povo e é mordido por um ratinho, seria constrangedor.
A limpeza começa pelos ratinhos, mas ainda falta fazer a desraposaçãovelha, a destrairização e a desgatização do senado. Aí, sim, todos poderemos nos sentir em um ambiente desinfeto.
A informação que temos é que a servidora foi mordida pelo roedor numa quarta-feira. O que causou estranheza, pois imagino que ela tenha sido mordida no fim de semana ou, na pior das hipóteses, numa sexta-feira. Afinal, quando é que os ratos tomam conta da casa?


domingo, 8 de janeiro de 2012

A viagem de Yoani

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

A blogueira cubana Yoani Sanchez foi convidada para participar do lançamento do documentário “Conexão Cuba/Honduras” dia 10 de fevereiro na Bahia.
O documentário trata da liberdade de expressão. Como diria o peão ao pé do braseiro cevando um mate: é aí que a porca torce o rabo.
A liberdade de expressão e o direito de ir e vir deveriam ser “patrimônios universais” de todas as pessoas. E nesse caso específico da Ilha o silêncio torna-se travestido de omissão, pois relevamos consciente ou inconscientemente as contradições vindas de Cuba. Quando recebemos notícias de falta de democracia, censura e presos políticos em Cuba, nos perguntamos: foi para essa Cuba que tomamos “Cuba Libre”?
Gostaria de ilustrar com uma hipótese, malcomparando, claro.
Imaginemos que a Fernanda Montenegro fosse convidada para receber um prêmio em Cannes ou em Berlin. Ou quem sabe o Luis Fernando Veríssimo tivesse que receber o prêmio Casa das Américas de literatura em Cuba. E ambos participariam de um debate sobre cultura e... liberdade de expressão.
Nós como brasileiros nos sentiríamos orgulhosos, nossa arte ultrapassando as fronteiras. Dois talentos brasileiros sendo reconhecidos no exterior. Mas o governo brasileiro não autoriza a viagem da Fernanda e do Fernando. Eles estão proibidos de sair do país. Qual seria a nossa reação com relação a essa atitude reacionária do governo? Botaríamos a boca no trombone. Faríamos passeatas pedindo o fim da censura. Subiríamos em cima das mesas nas assembleias. Pintaríamos a cara e tomaríamos as praças das cidades. E pediríamos o impeachment do presidente.
Mas com relação a Cuba freamos. Ficamos bloqueados. Há algo bem mais profundo que uma “Sierra Maestra” e revolucionários vitoriosos na nossa relação com Cuba. No entanto, a omissão através do silêncio pode ser uma das mais perversas atitudes de quem lutou e luta pela democracia e liberdade. Cuba precisa rever alguns conceitos – e com urgência –, pois caso contrário cairá de madura ou de podre.
Quem sou eu para dar conselhos a quem quer que seja, mas se fosse a Dilma – que, imagino, não leva ninguém para compadre – convidaria a Yoani Sanchez para visitar o Brasil como hóspede oficial. E o companheiro Raul que se resolvesse.
Enfim, faço uma pergunta ao companheiro.
– Qual é Raul, deixa a guria vir ao Brasil?
– Sem chances – acho que seria a resposta do maninho do Fidel.