terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Trocadalho do Carilho

Essa vida de trabalhador pseudo-braçal nos abstrai do convívio com os amigos, familiares e com as devidas horas virtuais.
Assim, resta pouco tempo para cavoucarmos textos na internet e lê-los em sua plenitude. Quiçá respondê-los.
Haja tempo para adquirir tanta informação circulando em infindáveis páginas virtuais. Mas, claro, isso é um problema meu.
No blog do Ronai, que é um espaço virtual de visitas costumeiras, deparei-me com uma tragédia.
As bartas estão mal encaralhadas. Um trocadilho de causar inveja ao Barão de Itararé.
As bartas estão mal encaralhadas, é uma constatação. Que nos instiga e nos remete a profundas reflexões.
Mas há um complexo a ser resolvido... ou mal-resolvido. Sei lá.
Afinal, quem encaralhou as bartas? Antes de transferirmos aos outros a atitude de encaralhamento das bartas, devemos reconhecer, até por omissão, que fazemos parte desse encaralhamento. Todos nós temos uma bartinha encaralhada lá na Cesma. Todos nós, associados, encaralhamos um pouquinho as bartas durante longos anos... eu escrevi anos. Entendido?
Talvez quando admitirmos que somos parte desse encaralhamento, venhamos a ter uns múltiplos orgasmos com as futuras produções culturais na Cesma. E por que não dizer nos demais espaços culturais da cidade. A Cesma, nos seus trinta anos, é a idealização de um sonho e, definitivamente, não é um castelo de bartas.
O acirramento dos ânimos não é o melhor caminho para seguirmos construindo os espaços culturais de nossos anseios. O nosso grande desafio é tirarmos boas lições desse episódio. E buscarmos sempre a nossa tão almejada radicalidade democrática e cultural nesse nosso estado de direito.
A propósito, embora a genialidade do trocadilho protagonizado pelo Ronai, acho que o “trocadalho do carilho” do Barão do Itararé ainda está insuperável.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dae Athos

Sugestão de leitura (os comentários): http://maiquel.wordpress.com/2008/12/03/a-cesma-a-censura-e-o-bom-senso/
Abrçs