- Método prático da guerrilha -
Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Che Guevara é um personagem da nossa história recente que virou mito. É um símbolo de luta contra os poderosos. Uma pessoa que acreditou em uma utopia e foi ao seu encalço. Odiado e idolatrado com a mesma veemência. Mas só pela convicção revolucionária merece ser admirado, independente de cores ideológicas.
Che foi um sonhador. É de Guevara a celebre frase “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”. Mas a que ficou célebre foi “Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás.”
Alberto Korda imortalizou a imagem de Che na foto denominada “Guerrilheiro heroico”, tirada em 1960. Che foi cantado em prosa e verso. A música “Hasta siempre comandante” na voz de Nathalie Cardone é emocionante. Um ícone musical em homenagem ao comandante. Che é o principal símbolo da esquerda revolucionaria e sonhadora. Mas também é uma marca comercial em chaveiros, camisetas, cerveja e até pelos biquínis de algumas beldades já andou.
Jon Lee Anderson esmiuçou a vida do comandante nas 920 páginas do livro “Che Guevara uma biografia”.
O assunto Che é inesgotável. Então, chegou nas livrarias o livro “Método prático de guerrilha” de Marcelo Ferroni. Uma obra de ficção sobre os últimos momentos de Guevara na campanha da Bolívia. Um romance baseado em fatos reais. Nesse livro percebemos que Che era um leitor no silêncio da mata. “Guevara adormeceu no chão, cabeça apoiada no braço, o livro aberto com a capa para cima. A Cartuxa de Parma”, página 86. Naquele momento Che lia Stendhal.
Na página 192 a indicação de outras leituras do comandante. “Perderam onze mochilas e Che deixou para trás um livro de Trótski e outro de Régis Debray.”
Também descobrimos que um brasileiro de nome João Batista participou da guerrilha e também sucumbiu na Bolívia.
Marcelo faz uma narrativa envolvente, a leitura flui como os sonhos revolucionários do comandante, mas o Che da ficção é mais humano, vem com suas incertezas e destemperos. Passa “a lo largo” da narração o Che Guevara mito e é por isso que a leitura e boa. Enxergamos o homem revolucionário que foi capturado com meia dúzia de comandados e maltrapilho. Naquele 08 de outubro de 1967 a história chega ao fim.
Talvez o livro merecesse um título mais romântico, mais ficção, algo utópico. Lendo-se apenas o título, parece um tratado técnico de guerrilha, mas não é. É uma bela narrativa de ficção.
Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Che Guevara é um personagem da nossa história recente que virou mito. É um símbolo de luta contra os poderosos. Uma pessoa que acreditou em uma utopia e foi ao seu encalço. Odiado e idolatrado com a mesma veemência. Mas só pela convicção revolucionária merece ser admirado, independente de cores ideológicas.
Che foi um sonhador. É de Guevara a celebre frase “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”. Mas a que ficou célebre foi “Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás.”
Alberto Korda imortalizou a imagem de Che na foto denominada “Guerrilheiro heroico”, tirada em 1960. Che foi cantado em prosa e verso. A música “Hasta siempre comandante” na voz de Nathalie Cardone é emocionante. Um ícone musical em homenagem ao comandante. Che é o principal símbolo da esquerda revolucionaria e sonhadora. Mas também é uma marca comercial em chaveiros, camisetas, cerveja e até pelos biquínis de algumas beldades já andou.
Jon Lee Anderson esmiuçou a vida do comandante nas 920 páginas do livro “Che Guevara uma biografia”.
O assunto Che é inesgotável. Então, chegou nas livrarias o livro “Método prático de guerrilha” de Marcelo Ferroni. Uma obra de ficção sobre os últimos momentos de Guevara na campanha da Bolívia. Um romance baseado em fatos reais. Nesse livro percebemos que Che era um leitor no silêncio da mata. “Guevara adormeceu no chão, cabeça apoiada no braço, o livro aberto com a capa para cima. A Cartuxa de Parma”, página 86. Naquele momento Che lia Stendhal.
Na página 192 a indicação de outras leituras do comandante. “Perderam onze mochilas e Che deixou para trás um livro de Trótski e outro de Régis Debray.”
Também descobrimos que um brasileiro de nome João Batista participou da guerrilha e também sucumbiu na Bolívia.
Marcelo faz uma narrativa envolvente, a leitura flui como os sonhos revolucionários do comandante, mas o Che da ficção é mais humano, vem com suas incertezas e destemperos. Passa “a lo largo” da narração o Che Guevara mito e é por isso que a leitura e boa. Enxergamos o homem revolucionário que foi capturado com meia dúzia de comandados e maltrapilho. Naquele 08 de outubro de 1967 a história chega ao fim.
Talvez o livro merecesse um título mais romântico, mais ficção, algo utópico. Lendo-se apenas o título, parece um tratado técnico de guerrilha, mas não é. É uma bela narrativa de ficção.
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