Dia 25 de março de 2012 Roger Waters fará
um show em Porto Alegre. O ex-baixista do Pink Floyd retorna em grande estilo
para homenagear a lendária banda. E quando falamos em Pink Floyd vem em nossa
mente “The Wall”.
Alguém imaginou outro local em Porto Alegre que não seja o Gigante da
Beira-Rio para ser o palco desse estupendo evento? Evidentemente que a interpretação
de “The Wall” fará parte do espetáculo. E será uma bela homenagem as paredes
formadas e construídas no internacional. As paredes que jamais ruíram para uma
segunda divisão. Aquelas barreiras intransponíveis que Alfeu e Nena – o parada
18 – formaram com o Rolo Compressor. Posteriormente, Bibiano Pontes, Figueroa,
Marinho e Caçapava com outros artistas da bola transformaram o Internacional no
time da década de 70. E mais recentemente outras paredes, ou paradas, também foram
o final de muitas investidas ao gol do Inter, Gamarra, Lucio, Indio, Bolívar e
Guinazu. Verdadeiros guardiões da área colorada que consagraram o Campeão de Tudo.
Se formos nominar as paredes que jogaram no Internacional não haveria espaço nessa crônica. Não somos apenas “outro tijolo na parede”, somos vários, muitos tijolos na parede. Então, Beira-Rio... Roger Waters... The Wall... cenário mais que perfeito para um espetáculo dessa magnitude.
Se formos nominar as paredes que jogaram no Internacional não haveria espaço nessa crônica. Não somos apenas “outro tijolo na parede”, somos vários, muitos tijolos na parede. Então, Beira-Rio... Roger Waters... The Wall... cenário mais que perfeito para um espetáculo dessa magnitude.
Li em algum lugar, não lembro onde, que “Another Brick in the Wall”
como trilha sonora da queda do muro de Berlim, também seria o cenário perfeito para
o Beira-Rio. Uma pessoa muito inteligente escreveu, pois eu concordo
plenamente. O Beira-Rio foi construído, tijolo a tijolo, parede a parede, por fanáticos
e humildes torcedores. Sendo assim, não deixa de ser uma homenagem a todos
aqueles que anonimamente construíram um sonho e grandes conquistas. E que ainda
hoje tremulam suas bandeiras nos mais longínquos recantos da Terra. E quando
confirmamos o Gigante da Beira-Rio como cenário perfeito para os jogos da copa
de 2014, também estamos recepcionando um dos mais renomados artistas do
planeta. E é com essas performances mundiais que nós, colorados, estamos acostumados.
Aliás, mal-acostumados.
No entanto, se Roger Waters fosse homenagear a queda do muro de Berlim
para a segunda divisão – uma metáfora plausível para um muro em ruínas e em
queda – o cenário perfeito continuaria sendo Porto Alegre. O bairro Azenha, nas
proximidades dos cemitérios São Miguel e Almas e Ecumênico João XXIII, lugar onde os imortais caem na realidade da
finitude da vida.
Enfim, imagino que pior que ter um filho colorado é ter um pai
tricolor. Coisa que eu só imagino, pois meus filhos são colorados e meu velho
era maragato fanático pela cor vermelha.
2 comentários:
Existe um muro entre mim e o dinheiro para ir ao show, infelizmente.
Obrigado pela leitura... também tenho esse muro. rsrs
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