As polêmicas envolvendo a Copa de 14 não estão restritas às obras do Beira-Rio e as idas e vindas entre o Inter e a Andrade Gutierrez.
Os debates são infindáveis e cada gaúcho tem a sua opinião. Inclusive, aqueles que estão se lixando para a Copa. No entanto, numa postura politicamente incorreta a RBS veiculou no programa Bate-bola um vídeo de uma adaptação do filme “A queda” em que mistura preconceito, intransigência e, nas entrelinhas, corrupção. Quem a RBS queria atingir? Qual a mensagem que o grupo RBS quer transmitir com um vídeo nazista? Gostaria de um esclarecimento. Como se o rumo das obras da Copa estão dependendo do Inter, Andrade Gutierrez e de políticos inescrupulosos.
Vamos raciocinar pelo lado inverso. Qual estádio demanda menos serviço para ficar em condições de receber os jogos da Copa? Então, vamos terminar com essa lengalenga politiqueira. Eu quero ver operários em campo. No sentido literal para assentar tijolos e metafórico quando D’Alessandro & Cia entrarem no gramado para decidirem jogos importantes.
Como a Copa não é só o Gigante, deveríamos ter um relato de como estão às obras do entorno do estádio. A infraestrutura e logística estão andando a contento? As subsedes já estão devidamente aptas? Aeroportos e a rede hoteleira eu imagino que estejam todos nos trinques.
E para colocar um pouco de tempero nesse imbróglio o governo do Brasil e a FIFA trocaram algumas gentilezas. O governo federal resolveu bater de frente com o Blatter – presidente da FIFA – em resposta ao secretário-geral Jérôme Valke que sugeriu um pé na bunda para o Brasil agilizar as obras da Copa. O secretário-geral afirmou num bom francês “Se donner um coup de pied aux fesses” e disse que foi mal interpretado, pois significaria “agilizar o ritmo”. Bueno, como não sou lá essas coisas no idioma de Carla Bruni, coloquei a frase no Google Tradutor. Faça o mesmo e veja o resultado. E essa trapalhada com a FIFA deixou encafifado o ministro dos esportes Aldo Rebelo a ponto de não quer mais papo com Valke.
Como futebol envolve chute, mas os jogadores podem chutar a bola, o adversário, o árbitro e o bandeirinha. Devo dizer que um pontapé no traseiro pode fazer o atleta andar para frente. A propósito, quando a Dilma afirmou “é o meu clube, é o meu estado” não deixou de ser um chute no traseiro de algum executivo da Andrade Gutierrez. Quando o prefeito de Porto Alegre estipula prazo para a assinatura do contrato, não é um chutaço na bunda do Luigi?
Enfim, eu ando meio enojado com esse debate. Mais que um chute na bunda, isso está se tornando um pontapé no saco. Acho que vou encher a cara no próximo Rio-Nal, afinal, está tudo liberado.
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