quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A mão de Barcos e o dedo de Zveiter


Athos Ronaldo Miralha da Cunha

O Palmeiras quer anular o jogo contra o Internacional porque o gol de Barcos – segundo os paulistas – foi indevidamente anulado pela nulidade do árbitro.
O time paulista tem o direito de espernear, pois chafurda na lama da rabeira da tabela de classificação. Caminha a passos largos para a segundona. Tem 99,99% de chances de jogar a empolgante série B do brasileirão 2013.
Num país onde levar vantagem em tudo é a regra que sobrepõe aos princípios éticos nos mais variados segmentos e setores da sociedade nada mais surpreende. O que esperar de um tribunal desportivo que, volta e meia, entra em campo definindo partidas e resultados. Em 2005 – ano da estrela roubada – anulou, escandalosamente, 11 jogos interferindo no campeão da competição.
Agora fomos surpreendidos com a notícia que os pontos do Inter estão sub judice, ou seja, o porco quer validar o gol com a mão.
A atitude de Barcos foi antidesportiva? Foi. O gol de Barcos foi dentro das regras do futebol? Não. A cara de pau de Barcos, na cobrança ao árbitro, foi de um honrado atleta? Não. O jogador Barcos na tentativa de enganar a arbitragem deveria ser punido? Sim. A decisão final do árbitro foi correta, fez a justiça? Sim.
Se o tribunal validar um gol feito com a mão teremos então a legalização da falcatrua no futebol. A consolidação da velha Lei de Gerson “leve vantagem você também, cerrrrrto”.
O país vive um momento positivo no julgamento de corruptos. Uma pizza anunciada não foi levada ao forno no julgamento dos envolvidos no escândalo do mensalão. Em que pese os prós e contras, corruptos estão sendo julgados. O STF julgou e está condenando os caras que meteram a mão na grana, o tribunal desportivo quer fazer o inverso, absolver quem meteu a mão na bola.
Anular o jogo é avalizar a falcatrua... a enganação... a desonestidade... o antijogo. A atitude que o tribunal deveria ter seria a de uma severa punição ao vivaldino Barcos.
O barco do Palmeiras esta afundando e a mão do Barcos e nem o dedo do Zveiter devem ser a salvação.
No entanto, coloco um pé atrás nessa história de gol com a mão. Se um Zveiter foi capaz de anular 11 jogos, o Zveiterzinho pode anular um.
Por fim, uma perguntinha pertinente: como se dá nomeação dos juízes desse tribunal?
Feliz série B Palmeirenses.

Um comentário:

Rejo Friedrich disse...

A nomeação dos juízes não sei como é que se dá, o que sei é para onde eles vão. O Luiz Zveiter agora foi juiz eleitoral no Rio de Janeiro, por coincidência foi o lugar no Brasil onde houve a maior bagunça nas eleições municipais. Mera coincidência...