quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Os castelhanos - D'Ale, Fórlan, Guina & Cia


Athos Ronaldo Miralha da Cunha

O Inter se despediu do G4 nesse brasileirão ao ser derrotado pelos agonizantes lanternas da competição.
Em 2012 – como também nos últimos oito anos – o Internacional começa o campeonato favorito para o título. Credenciais como o melhor elenco, estádio, gramado e o escambau a quatro fazem com que a crônica esportiva classifique, antecipadamente, o colorado na ponta superior da tabela. E o que temos presenciado? No final do campeonato o colorado luta, às duras penas, por uma classificação à Libertadores e em 2012 deve acabar se classificando à Sul-Americana. Copa desdenhada por muitos, que hoje estão afoitos para conquistá-la. Mas aí são outros 500.
A política do Inter das Eras de Carvalho/Piffero/Luigi tem dado bons resultados e títulos inéditos. Libertadores, Sul-Americana e Mundial etc. Uma gestão vitoriosa e reconhecidamente copeira. Aí temos venda de jogadores e contratação de castelhanos invocados. Quem são os atletas mais aplaudidos no estádio quando é anunciada a escalação do Internacional? Os castelhanos.
O Inter como um time de excelência e com uma grande e apaixonada torcida sempre tem que conquistar. O torcedor está mal-acostumado com títulos e deseja sempre mais. E essa é a função de uma verdadeira torcida. E o objetivo de um clube de futebol: vitórias sempre.
O sexto lugar num campeonato que tinha condições de ser o primeiro é pouco para quem sempre pensou olhando para o topo da tabela.
Contra o Vasco no Engenhão a cinco rodadas para o fim do campeonato o colorado jogou como um genuíno campeão. Mas esse despertar foi tarde demais. Os castelhanos D’Alessandro e Fórlan acordaram de uma longa sesta e foram os destaques do jogo. É essa a impressão que temos, nos jogos contra o Atlético de Goiás e Figueirense – os lanternas da competição –, o Inter estava sesteando confortavelmente numa zona de conforto. Mas depois do despertar dos castelhanos sobrou para o Vasco e Palmeiras com sua mano de Barcos.
O próximo presidente do Inter deverá rever algumas estratégias para uma equipe no Beira-Rio renovado. Um grande time para um templo sagrado onde lendas e mitos fizeram história. Tem que projetar o ano com um time que faça extravasar os corações vermelhos. Uma escalação que nos faça sorrir e chorar de alegria. E que ponha os torcedores em êxtase pelas ruas desse país e pelo sul da América do Sul.
Sabemos todos que o Inter é o time mais castelhano do Brasil. É por isso que é Internacional. E continuar grande com os castelhanos e sua gana de vitórias. Sejam bem-vindos castelhanos. Se forem brigões, melhor.

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